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Contentamento nas finanças

Um dos maiores mistérios do Cristianismo é o contentamento. Pelo menos presume-se que seja um mistério porque poucas pessoas o vivenciam. Apesar disso, o contentamento não é algo que se acha; é uma atitude.

Equilíbrio

Há muitas pessoas que aparentemente tem pouca ou nenhuma consideração com as posses materiais. Eles aceitam a pobreza como uma condição normal de vida, e suas principais preocupações são o que comerão hoje ou onde dormiram esta noite. Em contraste estão os ricos, que possuem o que de melhor nossa sociedade tem para oferecer à sua disposição. O local onde moram, suas casas de praia ou de campo, seus automóveis são invejados por toda a comunidade. Será que este outro cenário traz contentamento? Não!

Se o dinheiro não pode comprar o contentamento e a pobreza não o proporciona, o que é contentamento e como consegui-lo? Contentamento, ao contrário da opinião popular, não significa estar satisfeito com o que você tem. Antes, é saber o plano de Deus para sua vida, tendo convicção de vivê-lo, e crendo que a paz de Deus é maior do que os problemas do mundo.

Muito freqüentemente os cristãos ficam tão envolvidos nas atividades cotidianas de ganhar a vida e sustentar uma família que esquecem do verdadeiro significado da vida: Servir a Deus. Eles descobrem que suas vidas estão fora de equilíbrio e não sabem como fazer para voltar a ter este equilíbrio. Então eles compram mais coisas ou se livram delas visando voltar ao equilíbrio. No entanto, nada parece funcionar.

Os cristãos se vêem presos a uma vida de descontentamento por adotar objetivos mundanos: mais, maior, e melhor. A Bíblia os identifica como indulgência, ganância, e orgulho. Por um breve espaço de tempo, após aceitar Cristo como Salvador, há paz, e um desejo genuíno de se comprometer com Deus. Logo depois, há uma tendência de retornar à mesma velha rotina de desejar e querer mais, racionalizando que, de alguma forma está "servindo ao Senhor". O que passa a acontecer é falta de paz, falta de crescimento espiritual, e uma dúvida crescente sobre a capacidade de Deus de prover para nossas necessidades.

Na sociedade moderna não é normal descer. Uma vez que um certo nível de renda, gasto, e estilo de vida é alcançado, a maioria das pessoas entrará em dívida no sentido de manter este nível. Descer a um nível possível é considerado fracasso. Apesar disso, o contentamento não pode ser conseguido sem disciplina pessoal e dentro de parâmetros de estilo de vida que Deus estabeleceu baseados na Sua provisão. (Lucas 12:15; 16:13-14).

Na pobreza, a questão é usualmente "tudo ou nada" ou você tem ou não tem. Na riqueza, a decepção é muito mais sutil, porque as ansiedades e preocupações não são usualmente relacionadas à falta de posses, mas antes à perda delas. Em essência, a maioria dos cristãos ricos receia perder as posses materiais que adquiriram. A não ser que eles estejam tão ""desligados"" destes bens que estejam dispostos a perdê-los, não experimentarão um contentamento real. Isto não significa necessariamente que eles tenham que abrir mão de todas as posses materiais. Significa estarem dispostos a fazer isso.

O Plano de Deus para o contentamento

Apesar de muito das Escrituras ensinar sobre o perigo das riquezas, a Palavra de Deus não ensina que a pobreza seja a alternativa de Deus. Deus quer que entendamos que o dinheiro é uma ferramenta para realizar o plano Dele através de nós. Se queremos alcançar o verdadeiro contentamento, devemos estabelecer algumas diretrizes básicas.

1. Estabeleça um padrão de vida razoável. É importante desenvolver um estilo de vida baseado em convicções, não em circunstâncias. Deus colocará cristãos em todos os níveis econômicos. Qualquer que seja o nível em que você foi colocado, viva dentro de parâmetros econômicos estabelecidos e supridos por Ele. Ter abundância apenas, não é um sinal da bênção de Deus. Satanás pode facilmente duplicar qualquer riqueza mundana. A abundância de Deus é sem tristeza e objetiva trazer outras pessoas a Cristo.

2. Estabeleça o hábito de dar. Junto com o dízimo, Deus deseja que cada cristão providencie para as necessidades de outras pessoas através de ofertas, dons e envolvimento pessoal.

3. Estabeleça prioridades. Muitos cristãos estão descontentes não porque não estejam fazendo bem as coisas mas porque outros estão fazendo melhor. Muito freqüentemente os cristãos olham para o que não possuem e ficam insatisfeitos e descontentes, ao invés de agradecer a Deus por aquilo que possuem e ficarem contentes pelo que Ele tem suprido.

4. Desenvolva uma atitude de gratidão. É impressionante que na América possamos pensar que Deus tenha falhado conosco na área material. Esta atitude só é possível quando permitimos que Satanás nos convença a nos compararmos com outras pessoas. A primeira defesa contra esta atitude é louvarmos a Deus. Satanás usa o esbanjamento e o desperdício para criar descontentamento e ambição egoísta. Gratidão é uma atitude, não uma acumulação de ativos. Até que os cristãos possam verdadeiramente agradecer a Deus pelo que possuem e estejam dispostos a aceitar a provisão de Deus, o contentamento nunca será possível.

5. Rejeite um espírito temeroso. Uma das ferramentas mais eficazes usada por Satanás contra os cristãos é a questão: "E se?" Cristãos dedicados são levados a acumular porque temem o "E se?" da aposentadoria, inaptidão, desemprego, colapso econômico, e assim por diante. Apesar de Deus desejar que estejamos interessados nestas coisas, quando o medo dita a regra a ponto de deixarmos de dar para Deus, riscos tolos são assumidos, e a preocupação parece controlar cada decisão. O contentamento torna-se impossível.

6. Procure a vontade de Deus. "Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar Cristo...". Filipenses 3:8.

7. Enfrente o medo. "Tudo posso naquele que me fortalece." Filipenses 4:13.

8. Confie na promessa de Deus. "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus." Filipenses 4:7.

Conclusão

O contentamento está tão longe da vida de muitos cristãos que perece que eles nunca serão capazes de encontrá-lo ou estarem em paz. Contudo, o contentamento não é algo que deva ser procurado e encontrado. Ele é uma atitude do coração. Uma vez que a atitude foi modificada e tudo foi transferido para Deus, o contentamento será evidente.

Este artigo é uma adaptação de um artigo do livro Princípios Bíblicos sob Escrutínio de Larry Burkett, intitulado "Tendo Contentamento", publicado por "Conceitos Financeiros Cristãos", 1985. Publicado com autorização do Crown - Ministério de Finanças.

Larry Burket é um dos fundadores do Crown Finacial Ministries, o maior ministério cristão de finanças do mundo.